Essa sensação de que eu não te conheço me confunde tanto que eu deixo de me conhecer, porque você já esta mais em mim do que eu mesma. E meus sentimentos são tão mais teus do que meus. E tudo que eu penso é tão mais você do que eu. Não sei fingir, não sei mentir pra mim mesma, e sei quando não vou suportar. E fica preso aqui o grito de “Por favor, eu não quero isso.” E todas as perguntas que vem na minha cabeça são respondidas por mim mesma, porque o medo de ganhar tua resposta é muito grande pra que eu pergunte. E quanto mais eu respondo mais perguntas sobre minhas respostas surgem, até que eu imploro a mim que pare de pensar, que pare de questionar, que pare de julgar, imaginar, doer. Porque se eu sou tão você e você está tão em mim, que distancia enorme é essa que eu to sentindo agora? Como a gente deixa que ela exista? Como pode haver coisas tão insuportáveis pra que eu possa permitir que ela exista? "Aí, esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais, de repente se percebem ameaçados e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram, exigem, rotinizam,descuidam, reclamam, deixam de compreender, necessitam mais do que oferecem, precisam mais do que atendem, enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo no amor.” Paro por aqui, não vou chegar a nenhum lugar mesmo.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
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